100 anos de Nosferatu: Os filmes mais essenciais sobre Drácula!
Lançado em 1897, o romance Drácula, do escritor Irlandês Bram Stoker, é um dos maiores e mais influentes clássicos da literatura de terror de todos os tempos. Ao longo da história, a obra de Stoker, que hoje encontra-se em domínio público, foi sendo adaptada para as mais diversas mídias, fato que não só ajudou a popularizar o romance em si, como também foi fundamental para estabelcer a figura de Drácula, sedimentando, paralelamente, muito da mitologia e dos estereótipos a respeito de vampiros na cultura popular.
Dito isso, como o cinema foi um dos principais meios para esse processo, hoje relembramos quatro filmes dos mais essenciais protagonizados pelo vampiro mais famoso do mundo!
Nosferatu (1922)
Primeira grande adaptação de Drácula para as telas, e talvez a mais essencial entre todas envolvendo o personagem, esse filme alemão histórico, que completa 100 anos de seu lançamento original em 2022, foi dirigido pelo lendário cineasta F.W. Murnau. Nosferatu integrou um movimento do cinema precursor do terror: o Expressionismo Alemão. No início do anos 20, com o país sofrendo as consequências da Primeira Guerra Mundial, a produção de cinema da alemanha começou a relfetir o momento que o país e sua população enfrentavam. Assim, os filmes passaram a ser visualmente mais sombrios, com cenários distorcidos e fortes contrastes de luz e sombras. Paralelamente, a loucura, aberrações e a decandência moral eram os temas mais frequentes a serem abordados pelas obras do período.
Nosferatu só não se chamou Drácula pois, na época, Murnau não conseguiu, oficialmente, os direitos de adaptação do livro. De qualquer forma, na trama do filme a base da história e os elementos centrais da obra original foram mantidos.
Drácula (1931)
Primeira obra com o nome “oficial”, o filme Drácula, de 1931, fez parte da estratégia dos estúdios Universal, sob a liderança do produtor Carl Laemmle Jr., de investir em histórias protagonizadas por monstros, nos primórdios do cinema falado em Hollywood. O longa dirigido por Tod Browning foi o primeiro de uma safra que ainda viria a contar com adaptações de Frankenstein, da escritora Mary Shelley, com o longa homônimo também lançado em 1931; A Múmia, de 1932, e O Homem Invisível, lançado em 1933. Posteriormente, esses personagens viriam a ser conhecidos popularmente como "Monstros da Universal".
Nessa versão, o icônico vampiro foi interpretado pelo ator Húngaro Bela Lugosi. Posteriormente, ele ainda voltaria ao papel para a sequência A Filha de Drácula, lançada em 1936.
O Vampiro da noite (1958)
Nos anos 50, foi a vez dos estúdios Hammer, do Reino Unido, uma produtora dedicada principalmente a histórias de terror, adaptar Drácula. O Vampiro da Noite (1958) foi o segundo filme de sucesso na empreitada da produtora britânica em levar os monstros mais famosos da literatura para as telas. Dois anos antes, em 1956, o estúdio já havia lançado o longa A Maldição do Frankenstein. Posteriormente à sua versão de Drácula, ainda realizariam A Múmia, de 1959, e O Fantasma da Ópera, de 1962.
Nessa ocasião, quem vivia o vampiro era o lendário ator Chistopher Lee, em um de seus papéis mais icônicos. Mais tarde, ele ainda se destacaria como o vilão Francisco Scaramanga, em 007: Contra o Homem com a Pistola de Ouro (1974), Saruman, na trilogia O Senhor dos Anéis (2001-2003), e o Conde Dookan, em Star Wars Episódio II: O Ataque dos Clones (2002) e Episódio III: A Vingança dos Sith (2005).
Drácula de Bram Stoker (1992)
Nos anos 90, foi a vez de Francis Ford Coppola, diretor da trilogia O Poderoso Chefão (1972-1990), trazer ao mundo a sua leitura do clássico livro do escritor Bram Stoker, resultando em um de seus filmes de maior sucesso comercial até os dias de hoje. No longa, a proposta de Coppola era seguir o livro da forma mais literal possível, dos acontecimentos propriamente ditos até os diálogos da obra original.
O longa reuniu um grande elenco, que incluía nomes como os de Anthony Hopkins, Gary Oldman, Winona Ryder e Keanu Reeves. Além disso, Drácula de Bram Stoker (1992) foi bastante elogiado pelo seu primor técnico, principalemente as maquiagens, figurinos, a direção de arte como um todo e a utilização de efeitos especiais 100% práticos, por exigência de Coppola.
Menção Honrosa:
A Morte de Drácula (1921)
Apesar de Nosferatu ser a primeira adaptação mais conhecida de Drácula para o cinema, ela não foi a primeira em si. Em 1921, foi lançado o filme Húngaro mudo "Drakula Hálala" (A Morte de Drácula). A primeiríssima versão do personagem para as telas, por sua vez, de nada seguia a história da obra de Bram Stoker. O filme, hoje em dia, encontra-se perdido.
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