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    30 anos de Batman: O Retorno: As polêmicas e o legado por trás do filme!

    30 anos de Batman: O Retorno: As polêmicas e o legado por trás do filme!

    4 min.25/06/2022Guilherme Salomão

    Em 2022, The Batman chegou aos cinemas com força total. Dirigido por Matt Reeves, o filme, que marcou a estreia de Robert Pattinson no papel do icônico herói da DC Comics, acumulou elogios e mais elogios da crítica especializada, que destacou, sobretudo, a atuação de Pattinson, com sua caracterização mais melancólica de Bruce Wayne, e toda a composição visual "suja" e corrompida de Gotham City. Porém, 30 anos atrás, também chegava aos cinemas Batman: O Retorno (1992), que, ao contrário do que foi dito sobre o mais recente filme do personagem, foi um dos mais contorversos longas já realizados do Homem-Morcego.

    Michael Keaton em ação como Batman.

    Naquela época, Batman: O Retorno era a esperada sequência de Batman (1989). Após o filme original ser um sucesso estrondoso de público e crítica, Tim Burton e Michael Keaton foram convocados pela Warner Bros. para regressarem à direção e ao papel de Homem-Morcego, respectivamente. Dessa forma, se no filme original Burton explorava o Coringa, interpretado por um Jack Nicholson em um dos papéis mais lembrados de sua carreira, a escolha do cineasta para a sequência foram duas das mesmas de The Batman- Pinguim e Mulher-Gato. Vividos, respectivamente, por Danny DeVito, em uma interpretação memorável do vilão, e Michelle Pfeiffer, hipnotizante como a ardilosa Selina Kyle, essas versões ainda estão muito vivas no imaginário popular como definitivas dos personagens em questão.

    De Vito como Pinguim/Oswald Cobleppot.

    Dito isso, o grande problema que o filme de Burton enfrentou na época não estava relacionado com a sua escolha de antagonistas propriamente ditos. Muito se comentou, na verdade, sobre a forma como o diretor escolhera representar tais membros da rica galeria de vilões do Batman. Principalmente a violência mais explícita e caracterização assustadora do Pinguim de De Vito, retratado quase como que uma aberração saída diretamente de um filme de terror expressionsta, e o forte teor sexual dado ao visual e ao comportamento da Mulher-Gato de Pfeiffer, principalmente em seu ralacionamento com o Batman.

    Uma das cenas mais lembradas de Batman: O Retorno.

    Esses elementos resultaram numa grande insatisfação entre os pais que levaram seus filhos para assistir o longa nos cinemas, chegando ao ponto da rede McDonald´s cancelar o McLanche Feliz temático do filme. Esses tópicos, somados ao desempenho abaixo das expectativas nas bilheterias ao redor do mundo, fizeram com que a Warner optasse pela demissão de Tim Burton do cargo de diretor da franquia. Assim, com o intuito de tornar os filmes do Cavaleiro das Trevas em algo mais leve e familiar, o contratado foi Joel Schumacher, que realizou Batman Eternamente (1995) e Batman & Robin (1997). O primeiro, apesar de opiniões mistas da crítica, foi bem-sucedido nas bilheterias. Já o segundo, por sua vez, é completamente massacrado por público e crítica até os dias de hoje.

    Atualmente, apesar de qualquer polêmica da época, Batman: O Retorno é considerado por muitos críticos de cinema e fãs do herói como um dos melhores filmes de Batman já feitos. Enfatiza-se, nesse contexto, o fato de Burton ter mostrado todo o seu estilo peculiar característico com ainda mais força do que no longa de 1989, com a representação gótica e surreal marcante dos cenários, figurinos e a ambientação de Gotham City como um todo, sendo ainda mais marcante para um retrato audacioso da cidade e de suas engrenagens político-sociais.

    Além disso, de um jeito ou de outro, o filme de Burton e cia. também foi um dos responsáveis (mesmo que de forma indireta) pela trilogia de filmes de Christopher Nolan, onde o herói viria a ser interpretado por Christian Bale em Batman Begins (2005), Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012). Foi graças a visão ainda mais problemática de Schumacher para esse universo que a Warner optaria por rebootar completamente a franquia, selando, assim, um novo rumo para o herói nas telas, decisão essa que reverbera resultados e influência positiva até hoje não só nos filmes do Homem-Morcego, mas na indústria do cinema de heróis como um todo.

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