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    Por que Duro de Matar é considerado por muitos um Filme de Natal?

    Por que Duro de Matar é considerado por muitos um Filme de Natal?

    4 min.22/12/2020Guilherme Salomão

    Discussões a respeito de temas e mensagens por trás de filmes existem desde que o cinema é cinema. Porém, uma das mais intrigantes que sempre permeou o mundo cinéfilo, e o imaginário popular como um todo, de certa forma, e que na era da internet ganhou ainda mais força, é a de que Duro de Matar (1988), um dos maiores clássicos do cinema de ação e estrelado por Bruce Willis, seja um filme natalino. Com envolvimento do próprio Willis, do diretor e do roteirista do longa na discussão, até hoje não existe um consenso a respeito do assunto (e dificilmente teremos um), com alguns defendendo veementemente de que o longa seja um verdadeiro clássico natalino e outros, por outro lado, achando que isso é uma ideia completamente sem sentido.

    Mas afinal, por que muitos consideram Duro de Matar um filme de Natal? Isso faz sentido de alguma forma? Vamos entender melhor!

    Ambientação

    Em Duro de Matar, o policial John McClane, Bruce Willis no papel que o imortalizaria como um dos maiores brucutus dos filmes de ação, está vindo de Nova York para passar as festividades de final de ano com sua esposa, Holly Gennaro (Holly em inglês significa sagrado, sendo para muitos um elemento natalino no filme), em Los Angeles. Indo ao encontro dela em seu local de trabalho, o arranha-céus Nakatomi Plaza, o prédio é atacado por um grupo terrorista Alemão, bem no momento em que estava acontecendo a confraternização de natal da empresa onde Holly trabalha. McClane, então, protagoniza um jogo de gato e rato com os terroristas, enfrentando sozinho o grupo que busca roubar 640 milhões de dólares. Dito isso, o primeiro argumento que muitos utilizam para por si só definir o longa como um filme natalino é a sua ambientação; Os eventos citados anteriormente se passam durante a véspera de Natal, e, consequentemente, ao longo do filme várias decorações natalinas são vistas nos seus cenários e ambientes.

    Ora, até mesmo as cores da fotografia são natalinas...

    Final

    Além de toda a ambientação já citada, muitos também destacam que Duro de Matar é um filme com um típico final feliz de obras cinematográficas natalinas. Ao fim da projeção, os terroristas são derrotados, Mclane (completamente ferido e exausto) reencontra sua esposa após toda a confusão e os dois saem de cena juntos, em uma limusine ao som de Let it Snow, Let it Snow, Let it Snow, de Vaughn Monroe, uma música típica da época de festividades. Vale ressaltar que além dessa, outras músicas natalinas também fazem suas "aparições" no filme.

    O próprio Roteirista concorda...

    Em 2017, um episódio divertido na internet acabou por colocar um pouco mais de fôlego na discussão. Um fã do filme comentou no Twitter que Duro de Matar é um filme “sobre amor, devoção, sacrifício, generosidade e resistência ao mal; como isso não poderia ser um filme de Natal?". Acontece que Steven E. Souza, o roteirista do longa em si, um pouco depois, concordou com o fã e ainda por cima acrescentou a sua afirmação que “o filme ainda mostra uma mulher prestes a dar à luz! ”, fazendo referência a personagem Ginny, que no filme estava a duas semanas de dar a luz a seu filho e é uma das pessoas que os terroristas fazem refém durante o ataque ao Nakatomi Plaza.

    ... e o Diretor também!

    Além do roteirista Steven E. Souza, quem também concorda, em partes, com o fato de Duro de Matar ser um filme de Natal é o diretor do filme: John McTiernan. Em uma entrevista ao AFI (American Film Institute) ele afirmou: “Nossa intenção inicial não era a de que fosse um filme de Natal, porém foi a alegria que veio dele que acabou por o transformar em um ”. Apesar disso, quem discorda da afirmação de Souza e McTiernan é o próprio Bruce Willis. O ator quando questionado respondeu que "Não se trata de um filme natalino, mas de um filme de Bruce Willis".

    Conclusão

    O Cinema e os filmes, assim como toda a arte, possuem seu lado subjetivo. Sendo assim, esse é um assunto difícil de se alcançar um veredito. Por um lado, é claro que, como dito pelo próprio diretor, a proposta de Duro de Matar não era a de ser um filme genuinamente natalino, como é o caso de produções como Esqueceram de Mim (1990). Porém, por conta de se passar no natal e de todos os elementos citados ao longo do texto, cada espectador pode decidir se a história do policial lutando contra os terroristas em pleno Natal lhe apetece para criar o clima das festividades de fim de ano.

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