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Crítica - "Imaculada" traz Sydney Sweeney atestando talento em terror que não passa do convencional

Crítica - "Imaculada" traz Sydney Sweeney atestando talento em terror que não passa do convencional

3 min.29/05/2024Guilherme Salomão

Imaculada” — que chega aos cinemas brasileiros nessa quinta-feira (30) — tem ares de projeto pensado para Sydney Sweeney se provar enquanto atriz.

É inegável que Sweeney— também uma das produtoras do longa — é um dos nomes do momento na atual indústria norte-americana. Seja em “Euphoria”, série de sucesso da HBO em que ela contracena com Zendaya, ou na recente e bem-sucedida comédia “Todos Menos Você”, onde fez par romântico com Glen Powell, a jovem conquista cada vez mais o público com sua beleza e carisma tão notáveis.

Nessas circunstâncias, é interessante notar como que a própria Sydney Sweeney parece sentir uma necessidade de mostrar seu verdadeiro potencial para além da sua imagem puramente — consolidada, na maior parte das ocasiões, em papéis onde a sexualização de suas personagens é o que acaba por atrair ainda mais holofotes.

Enquanto filme, “Imaculada” é totalmente calcado na performance da atriz. E ela está muito bem, de fato. A trama é básica e segue algumas das principais convenções de uma narrativa de horror: uma freira chamada Cecília (Sweeney) chega a um convento na Itália. Em pouco tempo de convívio com as pessoas daquele lugar, ela passa a desconfiar de que alguma conspiração macabra por trás das cortinas da instituição religiosa está sendo tramada.

Cecília é o alvo principal da armação. A lógica, então, é a de retratar a personagem como uma “Estranha no Ninho”, tomada pela desconfiança sobre aquilo que a cerca. Nisso, a câmera se fecha no rosto da atriz para registrar suas reações aterrorizadas com aquilo que ela vê e pressente.

A direção de Michael Mohan chega a entregar um ou outro plano em que a composição harmoniosa dos elementos da mise-en-scène chama atenção. Porém, são as recorrentes sequências em que o rosto de Sydney Sweeney, de olhos por vezes marejados expressivos e maquiagem mais suave e natural, é o real destaque da decupagem.

O grande problema de “Imaculada”, de qualquer forma, é que as tais convenções do terror e peças que o filme se apropria para essa construção, na maior parte do tempo, são genéricas demais ou apenas jogadas. Uma trama trivial nem sempre é um problema em um filme. Porém, aqui, parece não haver tanta preocupação em apresentar a conspiração de forma mais significativa — algo que um longa como “A Primeira Profecia” fez muito bem anteriormente em 2024.

Assim, o foco é tão demasiado em um único fator narrativo e de linguagem que, no final, todo o restante que não envolve a atriz principal propriamente dita carece de significado enquanto cinema em si. O clímax violento é o sangue pelo sangue. O “gore” pelo “gore” de forma gratuita. Aquilo que Sweeney tanto reage ao longo das 1 hora e meia de filme não é, para nós, algo além do “qualquer coisa” para alguém atuar em cima e ser elogiado.

Se a intenção de “Imaculada”, portanto, era verdadeiramente a de provar o quanto Sydney Sweeney, enquanto atriz, é mais do que um belo rosto, a missão foi cumprida. Mas em um filme que, como um todo, fica devendo.

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