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Give My Regards To Broad Street: Paul McCartney e sua frustrada tentativa de fazer um Filme.

Give My Regards To Broad Street: Paul McCartney e sua frustrada tentativa de fazer um Filme.

3 min.30/11/2023Guilherme Salomão

Sir Paul McCartney está de volta ao Brasil! Aos 81 anos de idade, o ex- Beatle inicia hoje (30), em Brasília, uma série de shows da sua Got Back Tour pelo país, onde ainda se apresentará nas cidades de Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro ao longo do mês de dezembro.

Sucesso e Paul McCartney são quase que sinônimos. Tanto nos Beatles, quanto com os Wings e em sua carreira solo no geral, o músico Britânico enfileirou feitos como ‘Hey Jude’, ‘Maybe I`m Amazed’ e ‘Live and Let Die’ (essa última, inclusive, música tema de James Bond).

Entretanto, se errar é humano, revisitando a carreira de McCartney, um multiinstrumentista de talento ímpar, há um “erro” em sua trajetória que se tornou algo consideravelmente obscuro para o grande público: a sua tentativa de realizar um filme.

Nos anos 80, decidido a voltar à atuação duas décadas após os filmes estrelados pelos BeatlesPaul McCartney escreveu ele mesmo o roteiro de um longa. Intitulado Give My Regards to Broad Street, a ideia, aqui, era seguir um modelo semelhante ao das realizações do Fab Four de Liverpool, em que o filme seria acompanhado do lançamento de um álbum trilha-sonora contendo composições originais.

Na trama, acompanhamos um dia na atarefada rotina de McCartney- algo que também remete a Os Reis do Ié, Ié, Ié (1964), primeiro longa dos Beatles, que acomapanha o quaerteto durante um dia no auge da “Beatlemania”. Preso no trânsito, o músico começa a imaginar os possíveis desdobramentos caso um funcionário de sua gravadora desaparecesse suspeito de levar consigo as fitas contendo as gravações de seu próximo álbum.

Lançado em outubro de 1984, Give My Regards To Broad Street foi um fracasso de público e de crítica, faturando apenas US$ 1,4 milhões contra um orçamento de US$ 9 milhões. Sua trilha sonora, por outro lado, foi um sucesso de vendas. Além de composições originais, incluindo a belíssima balada No More Lonely Nights, que contou com a participação de David Gilmour (Pink Floyd) nas guitarras, o álbum também contava com releituras de clássicos dos Beatles como ‘Yesterday’, ‘Here, There and Everywhere’ e ‘Eleanor Rigby’.

Com participações de Ringo Starr (companheiro de McCartney nos Beatles), Linda McCartney (sua esposa na época) e Barbara Bach (esposa de Starr famosa por ter sido Bond Girl em 007: O Espião que Me Amava, 1977), a explicação para o fracasso do longa talvez esteja na estranheza causada pelo tom peculiar e até surrealista de certos trechos- além é claro de sua estrutura quase não possuir um enredo em si, sendo quase que 60% dedicada às sequências musicais (ou seja, um grande vídeoclipe).

De toda forma, por meio de um olhar um pouco mais consciente à obra, é possível de se enxergar certa audácia na produção e um certo mérito em sua parte fantasiosa. Sobretudo no que tange alguns aspectos dos figurinos e da direção de arte das sequências musiciais, como aquela em que McCartney e sua banda, trajados de forma excêntrica, performam ‘Silly Love Songs’ e todo o segmento com visuais de Filme de Época acompanhado de ‘Eleanor Rigby’.

E para os fãs dos Beatles e de McCartney, acima de tudo, é inegável o deleite de revisitar Give My Regards to Broad Street e testemunhar Paul McCartney se divertindo com Ringo Starr e companhia.

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