Greve em Hollywood será “longa e amarga”, diz criador de Game of Thrones
A greve dos atores e roteiristas de Hollywood mal começou, mas a indústria já vem sentindo seus efeitos. Mesmo assim, George R.R. Martin não acha que isso vai convencer o estúdio a ouvir os atores e roteiristas.
Como membro do Sindicato dos Roteiristas, o autor de As Crônicas de Gelo e Fogo, que participou da greve dos roteiristas, expressou seu apoio ao SAG-AFTRA (Sindicato dos Atores) em seu blog oficial. Martin conta que se filiou ao Writer’s Guild of America (Sindicato dos Roteiristas) em 1986 e participou de várias greves de sindicalistas desde então, o que sempre resultou em melhores condições para a classe.
E essa experiência gera uma certa preocupação no autor, devido ao atual cenário:
“Nunca vi tanta união entre os sindicatos. A votação pela autorização da greve, tanto entre atores quanto roteiristas, foi praticamente unânime. Ninguém sabe para onde vamos daqui, mas tenho um mau pressentimento de que essa greve será longa e amarga. Talvez fique tão ruim quanto a infame greve de 1985, mas espero que não.”
Martin então fez uma breve atualização sobre todos os projetos em que está envolvido até o momento. Dark Winds, série produzida por ele, estreará normalmente nos EUA, pois já havia sido concluída antes da greve. Porém, o elenco e os roteiristas não realizarão nenhum evento para promover a estreia.
Uma peça baseada em Game of Thrones e a segunda temporada de House of the Dragon também continuarão suas produções normalmente. Já que a série vem sendo filmada na Europa, e seus atores são em maioria britânicos, pertecendo assim a outro sindicato. Outro motivo é que no Reino Unido, existem leis que proíbem uma greve em solidariedade aos atores norte-americanos. Se algo desse tipo acontecer por lá, podem haver demissões e processos para os atores por quebra de contrato.
A peça chamada The Iron Throne também continuará normalmente, pois assim como explicou Martin, a atual greve é só para roteiros de filmes e séries de TV. Portanto, peças de teatro continuarão sendo produzidas normalmente.
O autor termina dizendo que sua participação na greve é para ajudar os roteiristas amadores, assim como ele próprio foi um dia:
“Greves não são sobre os autores, produtores ou showrunners renomados, quase todos esses estão bem. Estamos de greve pelos roteiristas iniciantes, pelos editores de história, pelos estudantes que sonham em entrar na indústria, pelo ator que apenas tem quatro falas, pelo cara trabalhando na equipe que sonha em criar sua própria série, assim como eu era nos anos 80.”
- 2ª temporada de House of the Dragon não terá sua produção paralisada por conta da greve
- 2ª temporada de House of the Dragon terá menos episódios
House of the Dragon é um spin-off de Game of Thrones que narra a história de conquista de terras em Westeros, mais conhecida como a Dança dos Dragões. Situada mais de 200 anos antes dos eventos da série original, acompanhamos a guerra civil que acontece enquanto os meio-irmãos Aegon II e Rhaenyra almejam o trono após a morte do pai Viserys I. Rhaenyra é a filha mais velha, contudo, Aegon é o filho homem de um segundo casamento, o que acaba gerando uma crescente tensão entre dois clãs Targaryen sobre quem tem o verdadeiro direito ao trono. Como descrito em Game of Thrones, no tempo em que a família Targaryen dominava os 7 reinos, a casa era conhecida por seus imponentes dragões, que assim como a família, acabaram praticamente extintos após o conflito interno.
O elenco da série conta com Paddy Considine (Blitz) como Rei Viserys Targaryen, Matt Smith (Doctor Who) como Príncipe Daemon Targaryen, Olivia Cooke (Jogador Nº 1) como Alicent Hightower e Emma D’Arcy (Truth Seekers) como Princesa Rhaenyra Targaryen.
A segunda temporada de House of the Dragon tem lançamento previsto para 2024. O primeiro ano da série está disponível no HBO Max.
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